UFP integra estudo que reconhece o amor como emoção básica universal
O Professor Doutor Freitas-Magalhães, diretor do FEELab – Facial Emotion Expression Lab da Universidade Fernando Pessoa, lidera um estudo internacional que reconhece o amor como a nona emoção básica universal, juntando-se à alegria, tristeza, medo, surpresa, nojo, raiva, desprezo e dor.
O trabalho, de natureza multicultural e interdisciplinar, envolveu participantes de cinco continentes e demonstrou que a expressão facial do amor é universalmente identificada e neurologicamente distinta das restantes emoções. Os resultados foram publicados na obra científica The F-M Face Prototypic Model of the 9 Basic Emotions: Evidence from Human Perception and Neural Integration.
O estudo descreve o amor como uma emoção com:
-
Expressão facial característica, incluindo rubor, sorriso autêntico, dilatação pupilar e traços de ternura e empatia;
-
Ativação cerebral própria, em regiões como a amígdala, o núcleo accumbens, o córtex orbitofrontal e a ínsula anterior;
-
Função adaptativa associada ao vínculo, à proteção e à sobrevivência emocional.
Esta atualização integra o F-M FACS 6.0 – Facial Action Coding System, desenvolvido por Freitas-Magalhães e adotado por diversas instituições científicas e clínicas em todo o mundo. O modelo inclui ainda a F-M Love Scale (F-MLS), que permite avaliar seis estádios da emoção amorosa em contextos clínicos, educativos, forenses e tecnológicos.
Segundo o Professor Freitas-Magalhães, “o reconhecimento do amor como emoção básica representa um avanço significativo no estudo científico das emoções humanas”.
O trabalho da equipa do FEELab foi destacado por investigadores internacionais e reforça o contributo da Universidade Fernando Pessoa para a neurociência da emoção, a expressão facial e a comunicação afetiva.