Fernando Pessoa International Volunteering, Renata Constante

Renata Constante concluiu o Mestrado Integrado em Medicina Dentária na UFP em 2017/18 e viveu, entretanto, aquela que considera a maior experiência que o curso lhe proporcionou: “Fernando Pessoa International Volunteering” em São Tomé e Príncipe.

A médica dentista falou com o Gabinete de Comunicação e Imagem, respondeu a algumas questões sobre esta “experiência única” e revelou a intenção de “um dia voltar para construir novos sorrisos em, território africano”.

Como surgiu esta oportunidade de fazer Voluntariado Internacional?
Conheci a “Mundo A Sorrir” através da “Fernando Pessoa International Volunteering”, uma bolsa de voluntariado internacional destinada a médicos dentistas formados na UFP e, também, a finalistas de Medicina Dentária. Candidatei-me à bolsa e fui selecionada. Quando recebi a notícia que iria um mês para São Tomé e Príncipe, não tinha noção da responsabilidade que tinha em mãos. Já tinha feito voluntariado em Portugal, tanto na minha área como noutras, mas nunca a nível internacional.

Como foi viver esta experiência de voluntariado? E quais as maiores dificuldades que encontrou?
A primeira semana no país foi de adaptação aos costumes da população local e a uma realidade completamente nova para mim. A falta de eletricidade e de água, por exemplo, eram colmatadas com a alegria e o carinho de todos os habitantes.

E que atividades desenvolveu durante o tempo da missão?
Abracei a missão com outra médica dentista, Maria Afonso, e durante um mês percorremos dezenas de escolas atuando, através de ações preventivas na área da saúde oral e saúde geral.

Como descreve a realidade da Medicina Dentária em São Tomé e Príncipe?
Observei diversos hábitos e costumes quanto à escovagem dentária, sendo que muitas crianças fazem a sua higiene oral com folhas de plantas. Existem também necessidades de tratamentos dentários urgentes, como exodontias e tratamentos restauradores, porém há escassez de cuidados e de profissionais qualificados. Felizmente, a ONG “Mundo a Sorrir” está no terreno a fazer um excelente trabalho de cooperação com a população santomense com o intuito de promover e incutir hábitos de higiene oral.

Qual a maior aprendizagem proporcionada por esta experiência?
A minha maior aprendizagem a nível pessoal foi saber ouvir, falar e estar perante uma cultura muito distante da nossa, absorvendo toda a energia que me podiam dar e podendo partilhar o meu conhecimento. Esta foi, sem dúvida, a experiência da minha vida! Intensa e com muitas histórias para mais tarde recordar.

Algum desejo para o futuro?
Para mim o voluntariado é um modo de estar na vida muito gratificante. Espero um dia voltar para construir novos sorrisos em território africano.