UFP em investigação do cancro renal, financiada pela FCT

A Profª. Doutora Márcia Carvalho, docente na Universidade Fernando Pessoa e Investigadora no Centro de Investigação FP-ENAS, integra o projeto denominado ACCuseD “Renal Cancer detection: a translational metabolomics research based on volatile organic compounds fingerprinting”, que visa desenvolver uma abordagem metabolómica para a identificação de biomarcadores urinários para o diagnóstico precoce do carcinoma renal.

Este projeto liderado pela Dra. Paula Guedes de Pinho (à direita, na foto), investigadora no Laboratório de Toxicologia da Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas (UCIBIO)/REQUIMTE, na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, foi inspirado em estudos prévios reportando a capacidade de cães treinados para detetar cancro através do cheiro da urina de doentes oncológicos. O projeto foca-se no estudo de compostos orgânicos voláteis específicos da doença em modelos com crescente complexidade biológica, incluindo linhas celulares imortalizadas, tecido renal e urina de doentes, com vista à caracterização da assinatura metabólica do cancro renal.

A investigação, que teve início oficial em agosto de 2018, envolve um total de 14 investigadores e obteve financiamento de cerca de 240 mil euros da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). São instituições participantes neste projeto a Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa, o Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil e a Associação para a Inovação e Desenvolvimento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

A equipa de investigadores espera com este projeto identificar um painel de compostos voláteis da doença (biomarcadores) que serão aplicados no desenvolvimento de um sistema de diagnóstico não-invasivo do cancro renal que consiste num nariz eletrónico (“E-nose”), ou seja, um sistema de olfato artificial baseado em sensores capazes de “cheirar” compostos voláteis emanados pelas células cancerígenas.