No dia de São Martinho, a coordenação da Licenciatura em Ciências da Nutrição da UFP, recorda o potencial nutricional daquele que é um alimento milenar consumido, principalmente, no Outono na Bacia do Mediterrâneo, mas também na Ásia e na América: a Castanha (Castanea sativa).

Alimento base da alimentação dos beirões e transmontanos, no século XVII, a castanha era utilizada em substituição do pão e da batata, sendo o castanheiro, ainda hoje, conhecido por árvore-pão.

Para a coordenadora da Licenciatura em Ciências da Nutrição, Prof.ª Doutora Cláudia Silva, importa lembrar que a castanha é “uma fonte privilegiada de hidratos de carbono que favorecem o desenvolvimento da microbiota intestinal e a produção de ácidos gordos de cadeia curta. Sendo também rica em fibras não digeríveis, o que estimula a presença de bactérias probióticas benéficas no intestino, regulando os níveis de colesterol e a resposta insulínica”. 

Acrescenta ainda que é “fonte de vitaminas (C, B6 e ácido fólico) e de minerais (cálcio, ferro, magnésio, potássio, fósforo, zinco, cobre, manganésio e selénio), bem como de fitoquímicos, onde se destacam a luteína e a zeaxantina, e de diversos compostos fenólicos com funções antioxidantes e protetores celulares”.
Importa ainda sublinhar que é um alimento que “não contém glúten, por isso pode ser utilizada na substituição dos cereais com glúten”.

Desfrutemos, então, de boas castanhas.
Bom São Martinho!